Itabirito

Entrevista exclusiva: Ubiraney adianta novidades sobre o Julifest 2018

Os preparativos para a 27ª edição do Julifest já começaram, e o Sou Notícia conversou com o secretário de Patrimônio Cultural e Turismo de Itabirito, Ubiraney de Figueiredo Silva, para saber algumas novidades que o público pode esperar para a festa deste ano.

Os preparativos para a 27º edição do Julifest já começaram e o Sou Notícia conversou com o secretário de Patrimônio Cultural e Turismo de Itabirito, Ubiraney de Figueiredo Silva, para saber algumas novidades que o público pode esperar da festa este ano.

A paralisação dos caminhoneiros atrapalhou algo na preparação do Julifest?

Ainda não. Nós temos nos reunido semanalmente com as associações, toda segunda-feira, e até agora o andamento está em ritmo normal. A expectativa é entregar a Praça dos Inconfidentes a partir do dia 4 ou 5 de junho, ou seja, semana que vem, pós feriado, com a infraestrutura já disponível para as associações já começarem as construções lá. Vamos ver como é que vai comportar esse movimento dos caminhoneiros, porque naturalmente nó precisamos de combustível e de materiais para poder levantar a praça. Mas, por hora, está tudo tranquilo. As associações na reunião do último dia 28 demonstraram bastante tranquilidade. Estão todos abastecidos e em condições de pelo menos iniciar o trabalho. Eu espero que essa paralisação não perdure pra nós podermos ter um mês de junho tranquilo e a festa correr bem em julho.

Como será o esquema de segurança da festa?

O Julifest é um evento extremamente tranquilo. A preocupação com a segurança não é necessariamente com a parte interna da festa. A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal geralmente traçam um planejamento, que eu acredito que a Secretaria de Segurança e Trânsito já está em comunicação com a Polícia Militar, pra fazer essa cobertura na parte externa, ou seja, na região do bairro Agostinho Rodrigues, na região que leva até ao bairro Quinta dos Inconfidentes (Country), e a parte de baixo da praça também, no Jardim São Cristóvão, chegando até o bairro Nossa Senhora de Fátima, que é onde fica o maior aglomerado de carros, ônibus, vans. Esse é o ambiente que eventualmente dá problema no Julifest. Internamente, vamos disponibilizar os postos de atendimento, como são prioridades e preconizam o projeto de segurança do Corpo de Bombeiros, que envolve as ambularias, os brigadistas, a segurança particular e o policiamento.

Tem alguma novidade na estrutura?

Este ano, nós vamos trabalhar com os dois palcos e, o palco três, que é onde acontece o samba no sábado de Julifest, na área central da praça, nós pretendemos utilizar também na quinta, na sexta-feira e talvez até no domingo, para aproveitar o desenho da festa. A conformação do posicionamento das barracas, que já fizemos os sorteios, fica difícil alterar o layout da festa. Vamos manter a igreja no mesmo lugar, assim como a barraca dos serviços de turismo, biblioteca e o que a gente pretende inovar esse ano é exatamente na programação, trazendo pra ela um caráter mais de cultura popular, com manifestações mais em torno dos ritmos brasileiros. Até porque a decoração vem toda em forma de ritmos e danças do folclore brasileiro, pra ser uma festa bastante colorida. O público já aderiu ao evento e gosta da festa. Em termos de estrutura, se Deus quiser, vamos ter uma melhora na distribuição dos sanitários químicos, que foi um gargalo no ano passado. Vamos minimizar o que foi apontado como negativo em 2017.

E já que você falou sobre a decoração, quais são exatamente as referências?

Nós vamos trabalhar com os ritmos brasileiros. Foi feita uma pesquisa com a diretoria de cultura e o maracatu, o bumba meu boi, todas essas danças que caracterizam as regiões e a própria tradição do folclore brasileiro, nas cinco regiões do país, vão ser retratadas de alguma forma com os elementos de decoração. Eu não consigo te falar ainda quais elementos serão esses porque esse é um trabalho dos artistas e artesãos, diretamente ligados à diretoria de cultura. Mas garanto que será uma festa bastante colorida, trazendo esses elementos de cultura popular e nós vamos ter também as bandeirinhas que enfeitam o local; os estandartes dos santos que também são tradicionais, como São Pedro, Santo Antônio, São João. E toda a simbologia da igreja, as quadrilhas que também fazem parte da festa. A quadrilha do Tombadouro e esse ano teremos o retorno da quadrilha do Bairro São Geraldo.

Além dos shows principais, quais bandas estão confirmadas no Julifest?

Nós recebemos dezenas ou centenas de propostas de bandas locais e regionais. Itabirito tem uma oferta musical muito grande. E o bom é que aqui não tem banda ruim. Todo trabalho; toda oferta musical que é feita pro Julifest é garantia de coisa boa. Então fica muito difícil selecionar. Nós estabelecemos critérios, como o andamento da festa; os ritmos que são prioridades nesse período. Ritmos mais dançantes e folclóricos. A decoração está toda voltada para as danças folclóricas. Conseguimos uma parceria com Grupo Folclórico Aruanda, que virá à festa através da lei de incentivo à cultura, trazendo um espetáculo bastante colorido e com danças folclóricas brasileiras. Essa atração vai acontecer no palco principal, provavelmente na sexta-feira, mas já está garantida a presença. Nós também conseguimos um tributo à dupla Tião Carreiro e Pardinho, que são gênios da música tradicional sertaneja. Uma dupla que é financiada pela Caixa Econômica Federal ofereceu seu show e se apresentará gratuitamente na festa em tributo aos ícones da música brasileira Tião Carreiro e Pardinho. É o que eu consigo adiantar no momento, pois as bandas locais nós ainda estamos fazendo a seleção para garantir diversão à festa.

O último dia do Julifest coincide com a final da Copa do Mundo 2018. Haverá algum telão para que a população possa assistir à partida?

Nós já tivemos algumas edições do Julifest que coincidiram com a final da Copa do Mundo. Já tivemos copas em que o Brasil ganhou; que o Brasil não estava na final. Eu lembro que no ano que o Brasil perdeu pra França foi final do Julifest. Nós vamos seguir nosso calendário. Não tem como fugir porque a Copa do Mundo é um evento mundial e o brasileiro é aficionado por futebol. Então vai ter um telão e uma estrutura para que, numa eventualidade, possam ser feitas transmissões de alguns jogos, ou de jogos que privilegiarem a participação da seleção brasileira. Mas, sinceramente, sem prejudicar o movimento dos palcos e os shows. Nós vamos dar prioridade para o evento e a Copa do Mundo, apesar de ser um movimento que mexe com todo mundo, vai ficar em segundo plano.

E depois do Julifest, qual é a programação de eventos culturais?

Seguindo nosso calendário com os eventos que consideramos âncoras, tem o carnaval, o Julifest, o aniversário da cidade e o Natal Iluminado. Nós estamos preparando uma movimentação para o aniversário da cidade. Este ano Itabirito completa 95 anos de emancipação política e nós já pretendemos dar início às comemorações do centenário de Itabirito em 2023. Nós vamos iniciar agora nos 95 anos uma argumentação e preparação mais próxima das entidades culturais do município. Depois as entidades sociais, pra gente poder dar o start e chegar em 2023 com condições de comemorar o centenário de emancipação da cidade.

Como você avalia o cenário cultural em Itabirito?

Por incrível que pareça, apesar de todas as dificuldades, nós ainda temos uma situação bastante confortável nesse ambiente. Itabirito é uma cidade que produz muita atividade cultural. Nós temos uma oferta boa de música; as artes cênicas tem crescido muito a partir dos 12 anos de existência do Atelier de Artes Integradas. Já temos ex alunos com grupos bem constituídos e que conseguem ousar e tentar sobreviver a partir das artes cênicas. Nós conseguimos, por dois anos consecutivos, profissionalizar atores com seu DRT. As artes plásticas também são contempladas. Nós já temos o início da preparação da 9ª edição do Salão de Arte de Itabirito, que agora é regional também. Os segmentos artísticos em Itabirito são bastante efervescentes e nós percebemos que cada vez mais esses praticantes têm promovido um diálogo na cidade. O artesanato também deu uma revitalizada na nossa cidade através do marco regulatório. Então eu avalio o cenário cultural daqui de Itabirito de forma muito positiva.

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