Geral

Após diplomação no TSE, Bolsonaro mira base maior no Congresso

Governo já definiu todos os 22 ministérios, mas nomeações para os cargos de segundo e terceiro escalões ainda estão em aberto.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chega a Brasília nesta segunda-feira para a cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, solenidade que o habilita a tomar posse no cargo em janeiro. Com a definição de todos os 22 ministérios de seu governo e as nomeações para os cargos de segundo e terceiro escalões ainda em aberto, ele inicia a partir de agora uma série de reuniões para alinhar a base aliada no Congresso.

A agenda de Bolsonaro inclui reuniões com as bancadas do PSD, DEM, PSL, PP e PSB. Também há conversas com os governadores eleitos de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Na semana passada, o presidente eleito conversou com integrantes do MDB, PRB e PSDB. O PR, que terá 33 deputados, anunciou que integrará a base governista.

O último integrante do primeiro escalão foi anunciado neste domingo: o advogado e administrador Ricardo Salles, do partido Novo, para o Ministério do Meio Ambiente. Durante a formação do primeiro escalão, Bolsonaro privilegiou as conversas com as chamadas bancadas temáticas. O futuro ministro da Saúde Henrique Mandetta foi indicado após aval de deputados ligados ao setor; Ricardo Vélez Rodriguez assumirá a Educação com o apoio dos evangélicos; na Agricultura, Tereza Cristina é líder dos ruralistas.

Esses grupos reúnem deputados de diferentes partidos em defesa de uma causa ou setor específico — como a “bancada da bala”, aliada de primeira hora de Bolsonaro. Entretanto, a formação de maioria no Congresso somente a partir dessas frentes parlamentares é incerta. Apesar de presidente eleito reiterar que vá evitar o toma-lá-da-cá na distribuição de cargos em troca de votos na Câmara, há expectativa entre deputados que pretendem indicar aliados para outras vagas da estrutura do governo.

Para aprovar medidas que alteram a Constituição, como a reforma da Previdência, o governo deve contar com pelo menos 308 votos. O PSL de Bolsonaro terá a segunda maior bancada da Câmara — com 52 deputados, atrás do PT, que terá 56. O DEM, que até agora foi contemplado com três ministérios (Saúde, Agricultura e Casa Civil), não anunciou adesão formal ao próximo governo — embora o presidente nacional da sigla descarte fazer oposição. O partido terá 29 deputados a partir de 2019.

A composição do primeiro escalão frustra uma expectativa que o próprio Bolsonaro criou durante a sua campanha. Se ele prometia ter não mais que quinze ministérios, o futuro governo terá 22 nomes entre futuros ministros e auxiliares com o mesmo status. As informações são da Veja e da Agência Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
×