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Ouro Preto completou 308 anos de história com muitas atrações

O final de semana em comemoração ao aniversário da cidade foi marcado pelo encontro de vários eventos

O último final de semana em Ouro Preto foi intenso com várias festividades, atrações e eventos, que aconteceram ao mesmo tempo, com destaque para o aniversário de 308 anos da Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, além da abertura do Festival de Inverno 2019 e do “Corredor Cultural – entre Jacubas e Mocotós” nas ruas São José e Getúlio Vargas.

 

Para comemorar o aniversário da cidade, a Prefeitura de Ouro Preto preparou vários shows para todas as idades. Começando no sábado, 6, até a segunda-feira, dia 8 de julho, dia em que se comemora oficialmente 308 anos da antiga Vila Rica. Várias atrações marcaram esses dias, como a apresentação do tradicional Bloco Bandalheira Folclórica, que desde 1972 alegra o carnaval de Ouro Preto com seus integrantes tocando desafinados pelas ladeiras uniformizados e com um penico na cabeça. Na tarde de domingo, a criançada pode se divertir no Show da Luna. Houve ainda apresentações da Banda Phásis, DJ Simone e seus robôs, dupla Clayton e Romário e o grupo Oba Oba Samba House. Além disso, a festa contou com desfile da Escola de Samba Império do Morro Santana e com competições esportivas de futebol e vôlei.

 

A ouro-pretana Rosana Malta disse que foi a todos os shows à noite e gostou muito da movimentação na cidade, que, apesar de lotada, permaneceu em um clima tranquilo. “Gostei muito dos shows do Oba Oba Samba House e da DJ Simone, pois eles animaram o povo a dançar e espantar o frio, foi divertido”, contou.

 

Já para Eliane Malta, a tarde de domingo com as crianças foi mais proveitosa. “Levei meu sobrinho e minhas duas netas ao Show da Luna, que estava lotado de crianças, eles adoraram, a mais nova, de 4 anos, chorou quando a atração terminou, não queria ir embora”, afirmou.

 

Outro evento que marcou o final de semana foi a abertura do Festival de Inverno de Ouro Preto – 2019, na Casa da Ópera. A cerimônia contou com a presença de autoridades, como o Prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta; o Secretário Municipal de Turismo Indústria e Comércio, Felipe Guerra; e o Secretário Municipal de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni. Os responsáveis pela organização do Festival falaram sobre esta edição, a respeito da proposta da programação e também da homenagem à manifestação cultural Cavalhadas de Amarantina, registrada como patrimônio imaterial de Ouro Preto, desde 2011. Houve apresentações musicais, como o Coral Família Alcântara, que entoou cânticos com influência da cultura africana.

 

Para completar as festividades, o “Corredor Cultural – entre Jacubas e Mocotós”, do último domingo, foi do lado dos “Mocotós”, ou seja, nas ruas São José e Getúlio Vargas. O evento contou com várias atrações ao longo das ruas, como a Trinca de Damas no Largo, com intervenção de Marcelino Ramos; o músico percussionista Castora; e o Grupo Boi Luzeiro.

 

A empresária Luciana Capute afirma que esse projeto foi muito importante para o comércio local, sobretudo nesse momento de crise econômica, e que, nas ruas São José e Getúlio Vargas, o projeto está em um momento de crescimento. “No último final de semana, o corredor cultural aconteceu juntamente com o aniversário da cidade e o festival de inverno e isso foi agregador, pois muitas pessoas passaram pelo local, curtindo as várias atrações”, destacou.

 

Durante o Festival de Inverno, a novidade é que o Corredor Cultural também acontecerá aos sábados. Segundo o Secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Felipe Guerra, o projeto “Corredor Cultural – entre Jacubas e Mocotós” está inspirando outras cidades, como Mariana e Nova Lima, que também querem implementar atrações culturais nas ruas. “O projeto vem dando muito certo, tanto que a Câmara de Mariana convidou a Prefeitura de Ouro Preto e o Vereador Chiquinho de Assis, autor da lei, para que eles entendam e estudem a viabilidade de fazerem o mesmo lá; assim como Nova Lima e outras cidades do circuito do ouro, que também nos pediram o modelo de lei para fazerem o mesmo. Ouro Preto, que é um berço cultural, agora também vem exportando ideias de fomento ao turismo, à cultura e à economia”, relatou.

 

Um pouco sobre a história de Ouro Preto

 

Ouro Preto teve sua origem no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo, por volta do ano de 1698. Porém, foi elevada oficialmente à Vila, chamada então de Vila Rica, em 8 de julho de 1711, portanto, a cidade completa 308 anos.

 

Em 1720, Vila Rica foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto.

 

Foi a capital da província e mais tarde do estado, até 1897. A antiga capital de Minas conservou grande parte de seus monumentos coloniais e em 1933 foi elevada a Patrimônio Nacional, sendo, cinco anos depois, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Em 5 de setembro de 1980, na quarta sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, realizada em Paris, Ouro Preto foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade.

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